terça-feira, 24 de julho de 2012

Policial militar acusado de matar dois irmãos na cidade do IGUATU no Ceará vai a júri popular

Segundo denúncia, policial disparou tiro de fuzil contra dois irmãos.
Denúncia diz que vítimas foram confundidas com ladrões de motocicleta.

O policial militar Pedro Alves de Souza, acusado de matar dois irmãos no interior do Ceará em 2007 vai a júri popular, por determinação do juiz José de Sousa Lima Júnior. A data do julgamento ainda não foi definida.
Segundo denúncia do Ministério Público, os irmãos Sharles Reinam do Nascimento e Antônio Josemar do Nascimento Júnior foram assassinados em 20 de setembro de 2007. Eles estavam em uma motocicleta, quando foram abordados por policiais militares, e desobedeceram à ordem de parar.

Eles foram atingidos por um tiro de fuzil, disparado pelo policial segundo a denúncia. Ainda de acordo com o Ministério Público, o policial se enganou e acreditava que estava abordando dois suspeitos de roubar uma motocicleta. As vítimas também portavam uma espingarda, mas não reagiram ou fizeram ameaças aos policiais.

Entenda o júri popular

Como o próprio nome diz, o júri é formado por representantes do povo, ou seja, pessoas que foram escolhidas aleatoriamente e que podem ter as mais variadas profissões, contanto que tenham 18 anos ou mais. Segundo o advogado Sergey Cobra Arbex, especialista em direito criminal, o júri popular julga crimes contra a vida, como assassinato e infanticídio.
De início, são selecionados 25 jurados. Entre eles, são sorteados apenas sete, que formarão o chamado júri popular. Durante o julgamento, os membros do júri ouvem a defesa, a acusação e as testemunhas. Eles podem fazer perguntas ou até pedir para rever as provas.
Ao fim do julgamento, o juiz pergunta aos jurados se todos entenderam tudo. “Um jurado não pode ficar com dúvidas”, diz Arbex. Depois, os sete devem responder aos questionamentos do juiz, que geralmente dizem respeito ao acontecimento ou não do crime, à identificação do autor e se o réu é culpado ou não, entre outras perguntas. Do início ao fim do processo, os membros do júri permanecem incomunicáveis e só estão liberados após o veredicto do juiz e o fim do julgamento.

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