Segundo delegado, mãe e pai negaram que crime tenha acontecido.
Mulher se nega a fazer exame de corpo de delito, o que dificulta investigação.
A família do agricultor de 28 anos, preso na segunda-feira (27) suspeito de estuprar a mãe em Piancó, no Sertão da Paraíba, retirou a queixa durante depoimentos nesta terça-feira (28) na delegacia da cidade. Conforme o delegado José Pereira de Sousa, o homem passou a noite detido, mas deve ser liberado ainda na manhã desta terça-feira (28) devido à ausência de provas testemunhais e à negação da suposta vítima em se submeter a um exame de corpo de delito.
De acordo com o 13º Batalhão da Polícia Militar, o agricultor foi preso em flagrante às 22h40 porque estava com uma faca peixeira na mão ameaçando os pais. No momento em que os policiais chegaram à casa, a mulher teria informado que havia sido violentada sexualmente pelo filho no domingo à noite e que ele estava tentando abusar dela novamente. No primeiro relato dado à polícia pela mulher de 56 anos, o crime teria sido impedido pelo marido dela e pai do suspeito, que teria chegado à residência e flagrado a situação.
Segundo o delegado, durante o depoimento nesta terça-feira, a mãe mudou a versão sobre a confusão ocorrida na casa na noite anterior. Ela teria afirmado que estava embriagada e não tinha consciência da denúncia que fez à Polícia Militar sobre o filho. José de Sousa também informou que ainda vai ouvir o marido da agricultora e o outro filho do casal, mas ambos já teriam adiantado que nenhum crime aconteceu e pediram à Polícia Civil para retirar a queixa.
O delegado agora apura se a mulher tem histórico de alcoolismo e deu declarações falsas à PM ou se a família está 'acobertando' o suposto crime. Ele explicou que a vítima não tem obrigação de submeter ao exame de corpo de delito que poderia constatar se houve violência sexual, o que dificulta a apuração do caso.
"Também não posso enquadrar o suspeito pela Lei Maria da Penha com base nas primeiras denúncias feitas ontem à noite, porque precisamos constatar as marcas físicas de agressões e necessitamos de alguém para testemunhar contra ele, mas todos os presentes no momento da prisão agora negam tudo", explicou o delegado. Ele informou que está avaliando se vai indiciar a mulher por falsa comunicação de crime.
Fonte: Do G1 PB
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