A estudante paulista Mayara Petruso, acusada de postar mensagem preconceituosa contra nordestinos em sua página do microblog Twitter, foi condenada nesta quarta-feira (17) a um ano e cinco meses de reclusão pela Justiça de São Paulo.

A estudante paulista Mayara Petruso, acusada de postar mensagem preconceituosa contra nordestinos em sua página do microblog Twitter, foi condenada nesta quarta-feira (17) a um ano e cinco meses de reclusão pela Justiça de São Paulo. No entanto, a pena foi revertida em prestação de serviço à comunidade e pagamento de multa no valor de R$ 500,00. Em depoimento, a acusada confessou ter publicado a mensagem e alegou ter sido motivada pelo resultado das eleições à Presidência da República, que teriam sido definidas pelos nordestinos. A estudante afirmou também que a intenção não era ofender e não esperava que a postagem tivesse tanta repercussão. “Estou envergonhada e arrependida pelo que fiz”, disse Mayara. Processo Na época, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou a estudante por por crime de discriminação ou preconceito de procedência nacional. A mensagem foi publicada no dia 31 de novembro de 2010 e a estudante de direito, que na época estagiava em um escritório de advocacia, perdeu o emprego e mudou-se de cidade. O caso A jovem postou uma série de comentários racistas na rede social Twitter, logo após a eleição de 2010. O motivo das postagens, seria uma revolta da estudante com os nordestinos, responsabilizando-os pela vitória de Dilma Rousseff (PT). “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”, teria escrito a Mayara. Após as reações dos internautas, a universitária cancelou seu perfil no Twitter, Facebook e Orkut. Ao longo da semana seguinte, o Ministério Público Federal recebeu documentos da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco e da procuradora regional de São Paulo Janice Ascari pedindo a investigação do caso. O MPF preparou um laudo e a Polícia Civil também abriu inquérito sobre as mensagens.