Uma suposta discussão em família terminou com um adolescente de 17 anos baleado na cabeça na tarde desta terça-feira em uma casa do Bairro Glória, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O tiro foi disparado pelo pai do garoto, que é cabo da Polícia Militar e está em processo de separação da mulher, mãe do jovem. O policial foi preso após se apresentar espontaneamente à corporação. A PM trata o caso como uma fatalidade, pois o militar afirma que o disparo ocorreu acidentalmente.
O cabo, cujo nome é preservado pela PM, é lotado no 34º Batalhão. Segundo o comandante da unidade, tenente-coronel Fagundes, o militar não é o pai biológico do adolescente, mas o registrou como filho quando o garoto tinha 1 ano de idade. “O cabo está se separando da mulher e foi até a casa dela buscar alguns pertences. Ele disse que ela o pediu para conversar com o adolescente, que não gostou da atitude e passou a agredi-lo”, conta o comandante.
Segundo o tenente-Coronel, o militar afirmou que o filho o atacou com um cabo de vassoura. Para se defender, ele sacou uma pistola calibre 380, de uso particular. “O cabo disse que durante a briga a arma caiu no chão e ele se apressou em pegá-la, porque o garoto estava muito nervoso e poderia fazer besteira caso a pegasse. Neste momento a arma disparou acidentalmente”, diz o comandante.
Imediatamente o cabo ligou para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que socorreu o garoto e o levou para o HPS. Em seguida, ele se dirigiu até a 8ª Companhia do 34º Batalhão, onde é lotado, relatou o caso e foi conduzido pelos militares para a Delegacia Regional Noroeste. “O cabo trabalha conosco há muito tempo. É um militar que apresenta um ótimo serviço. Pelo perfil dele, acreditamos sim que foi um acidente. Mas é claro que tudo será devidamente apurado”, acrescenta o tenente-Coronel Fagundes.
Ainda segundo a PM, o adolescente precisou ser submetido a uma cirurgia para retirada do projétil, que ficou alojado em sua cabeça. Não há informações atualizadas sobre o seu estado de saúde. A mãe dele é acompanhada por uma assistente social do HPS dentro da unidade médica.
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