quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ceará vai diagnosticar calazar em cães em 15 minutos

Até o fim deste ano, estará implantado em todos os municípios cearenses o novo teste diagnóstico do calazar canino, que apresenta o resultado em 15 minutos. A capacitação dos agentes municipais de endemias será feita por técnicos das 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres) que participam do Curso de Atualização em Vigilância e Controle de Leishmanioses, realizado pela Secretaria da Saúde do Estado até a sexta-feira (18), no Hotel Mareiro, Avenida Beira Mar 2380. O curso tem 45 participantes, incluindo técnicos das unidades do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) de Fortaleza, Senador Pompeu, Tauá, Icó, Crato e Juazeiro do Norte e de dez centros municipais de controle de zoonoses.

O Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet), da Sesa, já dispõe de 200 kits para dar início, em junho, aos testes rápidos de calazar em cães. O novo teste possibilita o diagnóstico imediato, enquanto que o teste de laboratório demora mais de um mês para dar o resultado. O exame de laboratório passará a ser realizado somente para confirmar os resultados positivos do teste rápido, que dispensa estrutura laboratorial e equipamentos, facilitando o uso no campo. Os testes serão realizados em cães pelos agentes de endemias, durante as visitas domiciliares. No Ceará, a população de cães é de cerca de 1,7 milhão de animais.

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários transmitido ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmanioses tegumentares, que atacam a pele e as mucosas, e viscerais (ou calazar), que atacam os órgãos internos. A leshmaniose visceral é transmitida pela picada do inseto comumente conhecido como mosquito palha. Se picar um cachorro contaminado e depois  uma pessoa, essa pessoa pode ficar doente.

A leishmaniose visceral humana é uma doença infecciosa, mas não contagiosa. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e idosos são mais suscetíveis à enfermidade, que pode levar a óbito até 90% dos casos não tratados. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que indica repouso, boa alimentação e o uso de medicamento por um período de 15 a 30 dias, dependendo da gravidade. Em 2011, o Ceará registrou 660 casos de leishmaniose visceral e 43 óbitos pela doença. De leishmaniose tegumentar foram registrados 816 casos e 4 óbitos. Há, ainda, cinco óbitos por leishmaniose não especificada.

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira (85 3101.5220 – 5221)

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