José Isaquiel de Sousa, 12 anos (Foto: Portal Ceará em Rede)
Um garoto de 12 anos morreu, na tarde do último sábado (28), após ingerir restos de comida encontrados no aterro sanitário da Prefeitura de Massapê, na região Norte do Estado. Segundo a avó da vítima, Paulo Isaquiel de Souza tinha a prática de catar lixo reciclável para vender, mas não costumava comer os restos de comida.
A avó do menino conta que, no início da tarde deste sábado, o neto chegou em casa gritando e dizendo que estava passando mal. Logo depois, Paulo começou a se debater e a espumar pela boca; o que, segundo a avó do menino, eram sinais de envenenamento.
As suspeitas da família foram confirmadas pela direta do hospital municipal de Massapê, Gláucia Ivana. De acordo com ela, o menino deu entrada na unidade no início da tarde do sábado com todos os sintomas de envenenamento. Pedro teve uma parada cardio-respiratória e não resistiu.
Lixão a céu aberto
O aterro sanitário do município de Massapê fica localizado ao lado do cemitério da cidade e a dois quilômetros do Centro. De acordo com a população, o local funciona a céu aberto e, além de não haver fiscalização, não exite controle de quem frequenta o aterro.
Para apurar as denúncias, o Portal Jangadeiro Online entrou em contato com a secretário de Saúde do Massapê, Hélio Brito, que falou em nome do secretário de Infraestrutura. Segundo Hélio, as cidades da região Norte, como Sobral e Santana do Acaraú, fizeram um consórcio para que o lixo de toda a região seja colocado em apenas um local.
As assinaturas já foram recolhidas, e os municípios estão esperando a confirmação de um local adequado e autorizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) e órgão responsáveis. O prazo para o inicio do funcionamento no novo aterro sanitário da região ainda será divulgado este ano.
Após a confirmação da localização e da data, o atual local onde funciona o aterro do município de Massapê será desativado.
Investigação
Ainda de acordo com Hélio Brito, agentes da vigilância sanitária estão sendo deslocados para investigar se há vestígios de veneno no local. Familiares da vítima vão orientar os profissionais para identificar o local exato que a criança ingeriu o alimento.
Amostras serão coletadas e mandadas para exames laboratoriais para que haja ou não a confirmação de veneno no lixão. Caso confirmado, o próximo passo será identificar o tipo de veneno para que seja realizado um controle.