O governo do Estado mexicano de Nuevo León confirmou que ao menos
quatro dos 12 corpos encontrados na cidade de Mina pertencem a
integrantes da banda folclórica colombiana Kombo Kolombia, que foram
sequestrados e executados por guerrilheiros após se apresentarem no
México na última sexta-feira.
Apesar de ser um grupo folclórico de música colombiana, o Kombo
Kolombia também tinha mexicanos entre seus membros. Acredita-se que, da
comitivia com 18 pessoas ligadas a banda (entre músicos e assistentes),
ao menos 17 tenham sido assassinados.
Os corpos já identificados são os de José Antonio Villarreal, corista
do conjunto, Heiner Iván Cuéllar Pérez, tecladista, José Baudelio Santos
López, saxofonista, e Víctor Ángel Santamaría Cruz, do grupo de apoio.
Os mortos foram reconhecidos por familiares graças a características
físicas e tatuagens.
A polícia mexicana divulgou que o grupo, que se apresentou na última
sexta-feira no bar La Carreta, na cidade de Hidalgo, foi abordado por
homens fortemente armados no estacionamento do local. No dia seguinte,
familiares comunicaram o desaparecimento de todos os envolvidos com a
banda.
No sábado, um homem identificado como trompetista do conjunto foi
localizado com vida e ajudou nas investigações. Ele contou que, após
quatro horas de sequestro, foram torturados e interrogados.
Em um momento de descuido dos sequestradores, o trompetista conseguiu
fugir pela vegetação, mas afirmou que os outros 17 companheiros foram
executados a sangue frio e alguns dos corpos foram jogados em um poço.
Existe a hipótese de que os contratantes do show tenham cooperado com
os sequestradores. Segundo um funcionário, o dono do estabelecimento
onde o grupo se apresentou teria ligação com grupos guerrilheiros
financiados pelo tráfico de drogas.
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