É preocupante a situação na maioria dos municípios do Estado do Ceará,
relacionados às finanças públicas e péssima gestão administrativa,
herdadas pelos novos alcaides, com assunção ao mandato no último dia 1º.
de janeiro de 2013.
Em alguns rincões, a situação
é de total perca de controle, ao ponto de esmorecer o entusiasmo e a
esperança de quem chega à vida pública, principalmente pela primeira
vez, com o melhor dos propósitos.
Folhas de pagamento em
atraso(s); obras inacabadas; dívidas enormes com o INSS; falta de
prestação de contas com convênios; dados e estatísticas sem batimento
correto e real; corrupção generalizada; contratos com servidores
públicos temporários sem o devido controle e fora dos índices
permitidos; dívidas sem empenhos, e por aí vai...
Em Solonópole (CE), por
exemplo, sem local sequer para o prefeito e assessores, possam, enfim,
iniciar qualquer trabalho minimamente digno. Quanto aos desmandos,
figura na tipificação de A a Z do dicionário pátrio.
Em outras cidades, tinha o efeito “denorex”, aquilo que parecia, mais não era.
Na verdade, apenas propaganda
falsa e narcisismo fruto da vaidade política e interesses partidários,
Orós que o diga; os números até o presente assustam o novo gestor, que
deve tornar público a herança recebida.
Em Acopiara,
Dr. Wilmar, prefeito eleito, foi obrigado a fechar as portas da
prefeitura, para somente depois de todos os levantamentos,
tentar ressuscitar com sua capacidade médica e administrativa, o caos
que recebeu da ilustre família Almeida.
Acho que o Ministério Público do Estado do Ceará, através da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), respeitando o contraditório e ampla defesa dos envolvidos, vai atuar como nunca visto na história recente deste meu Ceará.
A quem diga - principalmente -
quem milita no mundo da política, que esta safra de prefeitos, com
exceções claras, foi à pior de todos os tempos.
Duma coisa é certo, o lençol
que cobre as obrigações e deveres das prefeituras municipais, após o
ADEUS dos últimos prefeitos, ficou mais curto ainda.
Blog do advogado Fabrício Moreira
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