quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Presos podem receber benefício mensal de até R$ 4,1 mil durante pena

Detentos de baixa renda que já tenham trabalhado com carteira assinada podem garantir benefício às famílias
Auxílio-reclusão é pago pela Previdência Social / Metro/Reprodução 
 Auxílio-reclusão é pago pela Previdência Social Metro/Reprodução

Não importa o crime cometido. Presos de baixa renda que já tenham trabalhado com carteira assinada podem garantir às famílias um benefício entre R$ 678 e R$ 4,1 mil por mês durante o período em que estiverem cumprindo pena.

O auxílio-reclusão é pago pela Previdência Social. Em 2013, o benefício consumirá a quantia de R$ 37,6 milhões de reais por mês - ou um total de R$ 451 milhões em 12 meses.

O valor representa 61% dos gastos, por exemplo, com aparelhamento das polícias, formação de policiais, fiscalização de rodovias e ampliação e reforma de presídios no ano passado.

Em 2012, a segurança pública teve um investimento de R$ 738 milhões, segundo levantamento da ONG Contas Abertas, que incluiu as despesas da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo Nacional de Segurança Pública.

O dinheiro não beneficia diretamente o preso. A pensão começa a ser paga aos dependentes um mês após a prisão. A cada 90 dias, o beneficiado deve informar numa agência no INSS a condição do segurado. “O objetivo é garantir a sobrevivência do núcleo familiar, diante da ausência temporária do provedor”, justifica o governo.

Especialista em segurança pública, general da reserva Augusto Heleno diz que os investimentos não atacam raiz do problema no sistema prisional.

O senhor vê problemas no pagamento do benefício?
É claro que é uma maneira de permitir que o presidiário auxilie na casa dele, que dê algum dinheiro para a família, mas isso é uma posição até certo ponto utópica. Quem garante como será usado o dinheiro? Que esse auxílio não poderá ser usado para fomentar ainda mais todo aquele desastre humano que acontece dentro do presídio?

Há uma inversão de prioridade?
Me parece uma medida demagógica, e o resultado é extremamente duvidoso.

Por quê? 
Você dá o auxílio-reclusão a um cidadão que é colocado em situação animalesca, num zoológico humano. A sociedade se beneficiaria com prisões que recuperassem presos.

Qual seria a solução?
Era muito mais importante que o sistema prisional fosse colocado nas condições mínimas de dignidade humana do que dar uma quantia para as famílias de cada presidiário.

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