sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Após Kim Jong-il, Coreia do Norte diz que não muda política no país

















A Coreia do Norte advertiu nesta sexta-feira (30) que não vai mudar sua política ao oficializar seu novo líder, o jovem Kim Jong-un, como sucessor do ex-ditador Kim Jong-il, que morreu dia 17 deste mês, informou a agência estatal norte-coreana “KCNA”.

“Declaramos de forma solene e com orgulho aos responsáveis políticos ‘estúpidos’ do mundo, entre ele os fantoches da Coreia do Sul, que não esperem a mínima mudança de nossa parte”, informou em um comunicado a Comissão de Defesa Nacional, o mais alto órgão do Exército do país.

Os discursos dos líderes do regime mostraram que o sucessor conta com total apoio das Forças Armadas e que seu governo seguirá a linha do regime anterior.

Pyongyang também descartou qualquer possibilidade de diálogo com o atual governo sul-coreano, presidido por Lee Myung-bak. “Como já dissemos, seguimos negando o estabelecimento de vínculos com o traidor Lee Myung-bak e seu grupo”, acrescenta a nota.

Na quinta-feira (29), Kim Jong-un foi proclamado “líder supremo do partido, do Exército e do povo”, durante concentração militar organizada em Pyonyang, logo após o funeral de Kim Jong-il. “O mundo deveria ter claro que milhões de nossos soldados e cidadãos, unidos com firmeza ao redor do nosso ‘querido líder’ Kim Jong-un para transformar a pena em valor a as lágrimas em força, chegará à vitória final”, diz o comunicado da Comissão de Defesa Nacional.

Este é o primeiro comunicado emitido pela Coreia do Norte após os 13 dias de luto decretados por Pyongyang após a morte de Kim Jong-il, e segundo a agência sul-coreana “Yonhap”, representa a futura orientação política do regime em relação ao país vizinho e a comunidade internacional.

Turismo
A Coreia do Norte vai reabrir o país para grupos limitado de turistas a partir de 10 de janeiro, informou a agência chinesa Koryo Tours, um das poucas no mundo que realiza viagens para o local.

Apesar de seu quase total isolamento ao exterior, a Coreia do Norte resolveu permitir há alguns anos a entrada de pequenos grupos de turistas ocidentais no país, principalmente por meio de agências sediadas na china.

Nessas viagens, vetadas para jornalistas, os turistas são acompanhados o tempo todo por guias locais, não podem fazer fotos em determinados lugares e são proibidos de visitar a maioria das atrações fora da rota de monumentos stalinistas em Pyongyang.

Neste ano, o governo da Coreia do Norte, no entanto, relaxou um pouco essas medidas para turistas provenientes da China, país que mantém fortes vínculos políticos e econômicos com Pyongyang.

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