quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jader Barbalho de retorno ao Senado

Empossado senador na tarde desta quarta-feira (28), em pleno recesso parlamentar, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) afirmou, em sua primeira entrevista já como senador, que retorna ao Senado na condição de um "melhor aprendiz". Barbalho deixou o Senado em 2001, quando renunciou ao cargo para evitar um possível processo de cassação relacionado a suposto desvio de recursos.

"Medroso eu nunca fui. Acho que o medo e a dor são dois sintomas que o ser humano tem de ter. Evidentemente que eu tenho procurado fazer da minha vida um aprendizado. Eu volto um melhor aprendiz", disse o senador.

Jader Barbalho assumiu o mandato em rápida cerimônia, logo após a reunião da Mesa Diretora, comandada pela vice-presidente da Casa, senadora Marta Suplicy (PT-SP). Depois do juramento, o senador foi diretamente para a sala da liderança do PMDB, onde conversou com jornalistas.

Barbalho lamentou não ter assumido antes o cargo. Ele havia sido barrado pela Lei da Ficha Limpa e ganhou condições de assumir o cargo por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que não considerou a lei como válida para a eleição de 2010, em que obteve quase 1,8 milhão de votos. No lugar dele, tomou posse Marinor Britto (PSOL-PA), que recebeu 727,5 mil votos.

Barbalho lamentou não ter assumido antes o cargo. Ele havia sido barrado pela Lei da Ficha Limpa e ganhou condições de assumir o cargo por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que não considerou a lei como válida para a eleição de 2010, em que obteve quase 1,8 milhão de votos. No lugar dele, tomou posse Marinor Britto (PSOL-PA), que recebeu 727,5 mil votos.

Barbalho afirmou que, naquela época, renunciou porque não tinha "clima" para permanecer no cargo.

"Eu renunciei porque tinha um clima impossível de permanecer no plenário, impossível de algum tipo de julgamento político que não fosse passional. O embate político tinha sido muito grande. Eu quero inclusive dizer para vocês que, em certa forma, me arrependo da passionalidade que eu me permiti. O meu gesto [ao renunciar] foi de natureza política", disse.

Adversários
Jader Barbalho afirmou que, desta vez, não quer cultivar adversários pessoais no Senado. "O adversário que eu elegi são as dificuldades do Brasil. Eu não tenho tempo a perder com divergências de natureza pessoal, com questões pessoais", afirmou.

Sobre a possibilidade de assumir a liderança no PMDB na Casa, o mais novo senador afirmou que chega na Casa "no final da fila".

"Eu fui seis anos e meio líder do PMDB. Entro aqui no final da fila, como recruta, para aprender ainda mais no Senado e colaborar com os projetos do país. Não sou candidato a nenhum posto."

Novo integrante da base do governo, ele elogiou o trabalho da presidente da República, Dilma Rousseff, mas adiantou que, dependendo da situação, poderá divergir de interesses do governo.

"Em princípio, eu aceito a posição do meu partido. Evidentemente que isso não me impede de vir a divergir. Eu devo meu mandato ao povo do Pará", disse.

Filho
Ao final da entrevista, Jader ainda ouviu uma pergunta do filho, Daniel, de 9 anos, que chamou a atenção pelas brincadeiras. O garoto perguntou ao pai qual era a principal denúncia de um vereador do PMDB, e o senador corrigiu.

"Filho, é senador". O garoto, então, retrucou. "Tanto faz, senador, vereador". Em tom de brincadeira, Jader respondeu. "Rapaz, tu não sabe o que é essa gente", falou ao filho, referindo-se aos jornalistas. Diante das risadas, o senador disse ao filho: "Depois eu te dou uma entrevista exclusiva em casa".

G1

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