quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Começa o funeral do ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il


Começou nesta quarta-feira (28) o funeral do ex-líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, que morreu no dia 17 de dezembro, aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco, após 17 anos à frente do isolado país comunista. Os meios de comunicação sul-coreanos informaram que a cerimônia, que deve durar dois dias, começou por volta das 10h no horário local (23h desta terça, 27, no horário de Brasília),

Embora o regime não tenha oferecido detalhes sobre a cerimônia, acredita-se que devam ser seguidos os mesmos protocolos do funeral, em 1994, do pai de Kim e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, cujo corpo foi levado em cortejo por Pyongyang para que a população desse seu último adeus.

Centenas de militares e cidadãos norte-coreanos compareceram ao funeral. No interminável desfile realizado diante do corpo do ex-ditador, era possível ver grupos de mulheres em trajes militar chorando copiosamente.

Nos corredores do palácio, fileiras de soldados esperavam para entrar na sala onde estava Kim Jong-il. Seu corpo foi exibido durante nove dias em Kumsuman.

Além dos eventos de hoje, que também podem incluir uma cerimônia no Palácio Memorial de Kumsusan - onde foi velado até ontem o corpo do falecido líder -, estão programadas mais homenagens para quinta-feira (29), com um memorial nacional e salvas de condolências em Pyongyang e nas distintas províncias do país. A população deverá fazer três minutos de silêncio e todos os trens e navios farão soar suas sirenes ao mesmo tempo, segundo a agência estatal norte-coreana "KCNA".

Os analistas, no entanto, estão mais atentos ao papel de Kim Jong-un, filho mais novo e sucessor do ex-líder, que encabeça a lista de 233 membros do Comitê do Funeral de Estado.

Na última semana se sucederam no país comunista as demonstrações de sofrimento pela morte de Kim Jong-il, com concentrações em praças e monumentos e infinidade de atos para homenageá-lo, embora os analistas apontem que sua popularidade tenha sido muito menor que a de seu pai.

Kim Il-sung, o "presidente eterno", gozava, apesar de sua política de linha dura, do prestígio de ter combatido os colonizadores japoneses e ter transformado a Coreia do Norte em um país relativamente próspero até a década de 1970.

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