sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Advogado de ex-capitão diz que vai recorrer da decisão da Justiça


O advogado Delano Cruz confirmou, nesta quinta-feira, 8, que vai recorrer da sentença anunciada na madrugada de hoje, que condenou seu cliente, o ex-capitão Daniel Bezerra, a 46 anos de prisão pela morte dos irmãos estudantes de Medicina, em Iguatu.

Delano considera que a pena sentenciada pelos jurados ao ex-capitão Daniel foi “exagerada”. Ele argumenta que outros casos que não tiveram a mesma repercussão na imprensa receberam pena mais branda, destoando do caso julgado ontem. “Foi o poder midiático que levou a essa pena”, sustenta o advogado.

Ele disse ainda que vai pedir a nulidade do julgamento, que durou cerca de 15 horas, e condenou o réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil. Daqui a um ano e oito meses, o advogado deverá pedir a regressão da pena do regime fechado para o semi-aberto. Isso porque ele já terá cumprido um sexto da pena.

Após o veredicto anunciado nesta madrugada, Daniel saiu do Fórum Clóvis Beviláqua para seguir ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde permanece detido desde 2008. O ex-capitão vai cumprir a pena no BPChoque por ser ex-militar e ter nível superior.

Mãe de irmãos mortos em Iguatu se diz confortada com sentença

A mãe dos estudantes de Medicina assassinados em 2007, Célia Benevides, não conteve a emoção após o resultado do julgamento do ex-capitão Daniel Bezerra, acusado dos crimes. Ele foi condenado a 46 anos de prisão.

“É um conforto agora. De qualquer maneira a luta foi grande, mas incessante. Não paramos um minuto. E agora saímos vitoriosos. Queria deixar um recado a todos: que lutem também e não se cansem, porque é um direito. Eu queria isso pra todas as mães que sofrem com perda de filhos: lutem e acreditem. Podem contar conosco”, disse Célia, emocionada.

O advogado assistente da Promotoria do Ministério Público, Paulo Quezado, disse que o resultado do julgamento foi “uma decisão justa, para dar uma verdadeira satisfação à sociedade cearense, que há quatro anos luta por isso”.

Após 15 horas de cansativo julgamento, a sentença foi anunciada pela juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro à 1h42min desta quinta-feira, 8.

Quatro anos, oito meses e 22 dias após o crime, o réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil. Daniel responderá a 23 anos de prisão pela morte de cada um dos irmãos, somando um total de 46 anos de detenção.

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