terça-feira, 29 de novembro de 2011

Médico de Michael Jackson é sentenciado a quatro anos de prisão

Conrad Murray foi condenado à pena máxima, sem direito a condicional.
Cardiologista administrou o anestésico propofol para cantor dormir.

Do G1, com agências internacionais


Conrad Murray, médico de Michael Jackson, conheceu sua sentença final nesta terça-feira (29). A corte determinou que Murray fique quatro anos preso. "Não temos a autoridade para enviar Murray para a prisão estadual", disse Michael Pastor, juiz da Corte Superior de Los Angeles. Por causa disso, ele cumprirá a pena na L.A. County Jail, sem direito a condicional.

O cardiologista havia sido declarado culpado pelo júri no começo deste mês por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) de Jackson, depois de julgamento de seis semanas que apresentou detalhado relato das horas finais do cantor. A pena máxima era de quatro anos. Ele pode apelar da decisão.

Para o juiz, Michael morreu "por causa das ações e falhas de Conrad Murray". Segundo ele, houve "negligência criminal" no caso. "Ele inquestionavelmente violou a confiança de seu paciente. Ele deixou a vida pessoal interferir no tratamento. Ele o abandonou", afirmou o juiz. Em 25 de junho de 2009, Murray administrou o anestésico propofol. Após se ausentar do quarto de Jackson, ele o encontrou aparentemente sem vida. O rei do pop tinha 50 anos.
No início da sessão, a defesa de Murray solicitou que a leitura da sentença não fosse transmitida ao vivo e não tivesse cobertura da imprensa, para manter a privacidade do médico. O pedido foi negado pelo juiz, que citou a participação de Murray em documentário sobre Jackson como um dos motivos para a recusa.

O Ministério Público queria que o juiz se decidisse pela pena máxima. Seriam quatro anos provavelmente cortados pela metade, devido à superlotação da cadeia.

Os advogados de acusação voltaram a enumerar seus principais argumentos e repetiram: "ele deveria ter se preocupado mais com seu paciente, em vez das ligações pessoais para sua namorada". Os advogados de defesa pediam liberdade condicional para o cardiologista, dizendo que já era prevista a perda da licença para praticar medicina.

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