O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, participou
ontem das comemorações pelos 104 anos do Departamento Nacional de Obras
Contra a Seca (Dnocs) e afirmou que não há possibilidade de a sede do
órgão ser transferida de Fortaleza para Brasília. O ministro elogiou o
trabalho da bancada nordestina na Câmara dos Deputados e no Senado em
defesa do órgão e disse não ter dúvidas de que a reestruturação
acontecerá.
Durante o evento, o senador Eunício Oliveira criticou a possível
mudança da sede para Brasília, o que chamou de “ideia infeliz”. O
ministro negou a transferência do órgão e defendeu que a possibilidade
de tirar a sede de Fortaleza “nunca foi concretamente estabelecida”.
Segundo ele, a ideia era fortalecer politicamente o órgão em Brasília,
mas com a manutenção da sede reestruturada. Em março deste ano, o
secretário executivo do Ministério, Alexandre Navarro, propôs a mudança
como uma das vertentes da reestruturação, o que foi combatido pela
bancada cearense no Congresso Nacional.
Reestruturação
O deputado Eudes Xavier (PT), coordenador do grupo de trabalho sobre a
reestruturação do Dnocs, afirmou que, na próxima semana, deve acontecer
a segunda rodada de negociação no Ministério do Planejamento para serem
feitos ajustes no texto do projeto. “Nós esperamos que, na
quarta-feira, tenhamos a resolução para que a Casa Civil possa
encaminhar para a Câmara e para o Senado um texto da Medida Provisória”,
disse Eudes.
A opção pela forma de MP é para dar celeridade do processo, segundo
Eudes, pois a expectativa é de que a proposta seja votada no Congresso
até o final de novembro e, por conseguinte, incluída no Orçamento de
2014. O impacto financeiro da reestruturação ainda não está definido,
mas o deputado destaca que o custo das primeiras mudanças, referente a
concurso para novos funcionários e estruturação de novas
superintendências, deve custar cerca de R$ 250 milhões aos cofres
públicos.
Francisco Teixeira disse que não há um prazo estabelecido para a MP
entrar em vigor já que isso é definido pelo Ministério do Planejamento e
pela Casa Civil, mas afirmou não ter dúvida de que a estruturação vai
acontecer. Ele pontuou como principais mudanças a descentralização do
Dnocs, que deve passar a atuar no Sul do país, a criação de novas
diretorias e uma maior atuação na gestão de recursos hídricos.
Fonte: O Povo
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