quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Salitre-CE: Vaqueiro foi morto pela esposa que ocultou o corpo com a ajuda do filho em um chiqueiro

Luiza Judite do Nascimento, de 49 anos, foi presa por ter matado o vaqueiro José Maximinus de Alencar Neto, de 35 anos (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)
 Um homem que, supostamente, estaria à procura de um emprego em Brasília, teve o corpo encontrado em uma cova na área de um chiqueiro de porcos, ovelhas e cabras na zona rural de Salitre. A trama foi descoberta nesta quarta-feira e toda ela arquitetada pela mulher que teria matado o mesmo e, perante familiares e vizinhos, chorava a “saudade” quando contava que ele tinha viajado para a capital do país. Na verdade, o vaqueiro José Maximinus de Alencar Neto, de 35 anos, o "Zé Gato", estava desaparecido há 26 dias.

Por volta das 6 horas de ontem a polícia desenterrou o cadáver com a ajuda de parentes e vizinhos no Sítio Baixio em Salitre. Sua mulher, Luiza Judite do Nascimento, de 49 anos, que trabalha na limpeza do hospital municipal de Salitre, foi presa e o filho menor de 16 anos apreendido para uma conversa com o delegado Sérgio Pereira. Antes disso, toda vez que alguém perguntava por "Zé Gato", a mulher dizia que ele tinha viajado à Brasília em busca de emprego e só voltaria em um ano a fim de apanhá-la para ir morar na capital do país.

O filho do casal que ajudou a esconder o corpo, foi apreendido (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)

De concreto, ele costumava ingerir bebidas alcoólicas e, certo dia, Judite colocou duas ampolas de Diazepan, que havia furtado do hospital, em uma dose de aguardente quando serviu ao mesmo. Momentos depois ela saiu para o terreiro e se deparou com o marido caído achando que estivesse embriagado. Daí, teria enrolado o mesmo em um cobertor, o arrastou para dentro de casa e foi até o centro da cidade resolver algo. No dia seguinte notou que "Zé Gato" ainda estava desacordado.

Ela teria tentado conversar com o companheiro e desconfiou que o mesmo tivesse morrido. Foi quando chamou o filho e tratou com o adolescente sobre a morte do pai combinando de sepultá-lo no chiqueiro convencendo o garoto a não comentar sobre o assunto. Foi quando Judite passou a espalhar a história da viagem, sempre falava em "saudades" e afirmava para os familiares dele sobre constantes contatos telefônicos com o companheiro.

O vaqueiro teve o corpo encontrado em uma cova na área de um chiqueiro (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)

Na localidade, todos já começavam a desconfiar da história da mulher a qual, na última segunda-feira, decidiu contar a verdade para um irmão dela que reside em Brasília. Não esperava, entretanto, é que o seu próprio parente ligasse para familiares do vaqueiro contando o que tinha acontecido. Imediatamente, o fato foi levado ao conhecimento da polícia quando o delegado Sérgio Pereira a chamou para uma conversa.

A cada instante, a autoridade policial percebia contradições no que narrava Judite. Para que tudo fosse passado a limpo, ele quis saber o contato telefônico de "Zé Gato" o qual, estranhamente, foi negado e a mulher não demorou a confessar o crime com bastante frieza, mas por motivos ainda desconhecidos. Após isso o clima se tornou tenso já que familiares do vaqueiro tentaram linchar mãe e filho o que não ocorreu devido a intervenção da polícia. Por questões de segurança ela foi transferida para a cadeia de Barbalha, onde existe, inclusive, cela feminina.

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