A mudança na Lei Seca motivou o gerente de Tecnologia da Informação (TI) Gerson Vieira Albuquerque Neto, 31 anos, a tomar uma decisão: quando sair para beber, vai revezar com a namorada a direção do carro. “Para evitar a chateação de ficar preso em blitz, e o valor da multa, que aumentou muito”, diz. De agora em diante, o gerente vai deixar de dirigir mesmo quando tiver ingerido poucos goles de cerveja. Desde ontem, com as reformulações da Lei Seca, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já passou a fiscalizar a ingestão de bebidas alcoólicas.
A motivação que levou o gerente de TI a mudar a rotina é a mesma que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) espera que ajude a transformar o pensamento de muitos condutores de veículos. “O foco do artigo da lei agora é outro. O questionamento é sobre a capacidade psicomotora alterada em razão de álcool ou outra substância. O que não necessita de realização do teste (do bafômetro)”, informa o inspetor e chefe interino do Núcleo de Comunicação da PRF, Christian Carvalho.
As novas medidas já estão em vigor. A proposta impõe “tolerância zero” para a associação entre álcool e direção e torna crime a condução de veículo após o consumo de qualquer concentração de álcool ou droga. O novo texto permite ainda que outros elementos, além do bafômetro, possam ser usados como prova. Vídeos, testes clínicos, testemunhas de terceiros, além de qualquer outra admitida pela Justiça.
A Polícia Rodoviária Federal trabalha desde ontem com as mudanças na Lei Seca, promulgadas
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