A conversão de um juiz num político é algo absolutamente inusitado em
países civilizados e coloca sob suspeita não apenas as motivações de um
magistrado, como suas próprias decisões. Afinal, um juiz se torna
político apenas quando abandona a toga ou usa a magistratura, de forma
demagógica, como trampolim para suas pretensões de poder? No Brasil, o
exemplo mais concreto dessa perigosa mistura atinge justamente o chefe
do Poder Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, que, recentemente, admitiu a hipótese de deixar a corte e
iniciar uma trajetória política. Atentos a essa ambição de Barbosa,
Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB e da Rede Sustentabilidade, já se
movimentam para atraí-lo. É o que informa o jornalista Otávio Cabral, na
coluna Holofote, de Veja. Leia abaixo:
Do tribunal às urnas - Emissários
de Eduardo Campos e Marina Silva vão procurar o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para saber se ele tem disposição de
se filiar ao PSB para disputar o governo do Rio de Janeiro ou do
Distrito Federal. A motivação para a consulta foi a declaração de
Barbosa na semana passada de que não descarta trocar o Judiciário pela
política. Como magistrado, ele pode entrar em um partido até o início de
abril, seis meses antes do pleito.
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