sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

EUA: atirador matou pai e mãe, diz imprensa

Ao menos 27 morreram no ataque; segundo tenente, o atirador morreu e está no prédio, em Connecticut
Ambulâncias foram encaminhadas ao local após tiroteio nesta sexta-feira Reprodução/CNNA imprensa americana divulgou, na tarde desta sexta-feira, que o atirador de uma escola de Connecticut, nos Estados Unidos, matou o pai em casa e a mãe na escola, onde ela trabalhava. O caso aconteceu na manhã de hoje. Ao menos 27 pessoas - entre crianças e adultos - morreram no ataque.

O atirador morreu também no prédio da escola. O diretor e a psicóloga do colégio estariam entre os mortos.

O tenente Paul Vance, da polícia do Estado de Connecticut, não quis confirmar o número de mortos, mas afirmou aos jornalistas que houve "algumas vítimas fatais" entre funcionários e estudantes da Escola Fundamental Sandy Hook.

Ele disse que o atirador morreu no prédio durante a operação da polícia para resgatar as crianças e que o local e o público estão em segurança, mas deu poucos detalhes deste novo massacre em escolas americanas.

Massacre

Se confirmado, o número será o segundo maior em escolas do país, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O número ultrapassaria de longe os 15 mortos na matança na Escola de Ensino Médio de Columbine, em 1999, que gerou um debate feroz, porém inconclusivo sobre a legislação branda sobre o controle de armas nos Estados Unidos.

E emissora CBS News citou forças de segurança ao afirmar que 27 pessoas teriam sido mortas, incluindo 18 crianças.

Obama acompanha

Um porta-voz da Casa Branca disse que o presidente Barack Obama tinha sido informado do massacre e que estava acompanhando os acontecimentos.

Mas ele disse que Obama não planejava imediatamente reabrir a discussão sobre o controle de armas, afirmando: "Eu não acho que hoje seja o dia" para fazê-lo.

Testemunhas

"Um dos policiais disse que uma das piores coisas que ele já viu em toda a sua carreira, mas foi quando contaram a todos aqueles pais esperando pela saída dos filhos", declarou à emissora WCBS news uma enfermeira local, que correu para o local da tragédia.

"Eles pensavam que as crianças ainda estavam vivos, sabe. Eram 20 pais que acabaram de receber a notícia de que seus filhos estavam mortos. Foi horrível", contou.

Testemunhas descreveram o massacre como um intenso tiroteio, com talvez 100 tiros disparados, e contaram ter visto um corredor sujo de sangue.

"Estava no ginásio na hora. Ouvimos muitos estrondos e achamos que fosse o zelador desmontando coisas. Ouvimos gritos. E então, fomos para a parede e nos sentamos", contou um menino à emissora WCBS.

"Foi então que a polícia entrou. Tipo, ele ainda está aqui? Então ele correu. E aí alguém gritou para encontrar um lugar mais seguro, então fomos para o banheiro do ginásio e sentamos lá por um tempo", acrescentou, enquanto seus pais se aproximavam, atordoados.

"Então a polícia, tipo, bateu na porta, e estavam evacuando as pessoas, estávamos evacuando as pessoas. Nós corremos", acrescentou.

"Havia polícia em cada porta nos conduzindo por aqui, por ali. Rápido, rápido, venham. Nós corremos até a brigada de incêndio. Havia um homem que derrubado no chão, com algemas", acrescentou.

Após o massacre, uma grande força policial se dirigiu para a vizinhança, enquanto outras escolas da região foram fechadas.

O jornal The Newton Bee informou que uma criança foi resgatada da escola aparentemente com ferimentos sérios.

Uma foto no site do periódico mostrou autoridades conduzindo mais de uma dezena de crianças pequenas apavoradas através do estacionamento. Outra imagem mostrou policiais reunidos em uma rua vizinha mais tranquila.

Outros casos

Massacres mortais são uma ocorrência frequente em espaços públicos nos Estados Unidos, e só costumam terminar quando o atirador é morto ou se suicida.

No acontecimento recente de mais notoriedade, em julho deste ano, James Holmes, um jovem de 24 anos, teria matado 12 pessoas e ferido outras 58 quando abriu fogo contra a sessão de meia-noite do último filme de Batman em um cinema de Aurora, Colorado.

Apesar destas tragédias, o apoio a leis mais duras para o porte de armas é controverso, com muitos americanos contrários a restrições àquilo que consideram um direito constitucional de manter armas de fogo potentes em casa.

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